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Política Cultural

A Ofélia dos pampas
Alexandre Vargas

“Chega sempre a hora em que não basta protestar;
após a filosofia, a ação é indispensável”.

Victor Hugo, Os miseráveis.

É clássica a frase dita por Polônio, se referindo a Ofélia, antes do encontro vigiado com Hamlet: “Com um rosto devoto e alguns gestos beatos, açucaramos até o demônio”. Essa idéia polôniana ronda a mente, da nossa Ofélia dos pampas a Secretária de Estado da Cultura Mônica Leal. Ah, dirão alguns, isso é coisa para eruditos. Contudo há hoje no Rio Grande do Sul, uma “miserabilidade” que não tem a ver apenas com a condição financeira. Essa pobreza advém da redução de práticas profissionais na gestão da Secretaria de Cultural do Estado.

A Secretária se impõe no Conselho Estadual de Cultura? De novo? Mais uma vez quer “sugerir” que o Conselho apóie determinados projetos? A Secretária de Cultura Mônica Leal desvela idéias que edificam e que traduzem novas ambiências que procuram ser mais “autoritárias” e menos “democráticas”.

A ingerência com o Conselho Estadual de Cultura coloca-o em risco de banalização e de digestão irrefletida. A ação da Secretária de Estado da Cultura não contribui para que o Conselho de Cultura adquira clareza de princípios, coerência de objetivos e excelência de resultados que deveriam marcar as grandes decisões da nossa vida Cultural.

O governo Yeda Crusius, representado pela gestão da Secretária de Estado da Cultura Mônica Leal, não encontra novos princípios de raciocínio que abram caminhos inovadores e revelem soluções eficazes para o futuro das artes no Rio Grande do Sul. Os problemas que existem na Secretaria do Estado da Cultura não podem ser resolvidos a partir dos modos de raciocínio que deram origem aos mesmos. Nesse contexto a sua gestão mostra-se incapaz de contribuir com a riqueza do pensamento humano sintetizado pelos grandes artistas que compõe a história dos gaúchos.

Carecemos de mais fundamentos que inspirem nossa vida cultural e nos distanciem do amargo sabor da monotonia repetitiva da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul. Por isso, cabe bem, romper com o conforto dessa miserabilização. A Cultura, tratada de forma honesta e atraente, pode nos encantar e, desse modo, fazer com que as nossas reflexões sejam robustecidas, o nosso repertório engrandecido e a nossa sensibilidade mais afiada. Outras Secretarias de Estado de Cultura pelo Brasil também assim pensam.


+ confira o fato e as notas oficiais


17/07/2008

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