Sim, professor também mata. Sim, professor pode ser um assassino em potencial. Sim, eu sou professora!
Podemos ter inúmeros assassinos nas escolas em que nossos filhos e nossas crianças estão estudando. Assassinos em potencial. Assassinos cruéis, sórdidos e perversos. Assassinos silenciosos. Assassinos que não aparecem na mídia, mas matam sorrateiramente e com o aval dos alunos e pais.
Não, os pais não desejam que os alunos morram. Mas adultos permitem o assassinato de seus filhos quando assistem, passivamente, suas crianças sendo tolhidas um dia após o outro por um professor que não lê. Que não gosta de ler. Que tem raiva de quem lê. Que menospreza o leitor. Aborta, lentamente, cada leitor iniciante. Vai espalhando ‘bombas’ nas salas de aula. Vai dizendo e reproduzindo a cada nascer do sol para as crianças que a leitura faz mal à saúde, ao indivíduo, à nação.
Como fazem isso? Não lendo. Não indicando leituras. Menosprezando cada oportunidade que surge para levar a leitura até o seu aluno. Que não elogia a leitura, ridicularizando oficinas, palestras e bate-papo com escritores. Sim... Há muitos professores que matam! E não se iludam! Há muitos pais e alunos que não gostam ler. E quando surge um professor (representante oficial da cultura) que diz nas entrelinhas de seus atos: “Ler não é legal. Ler é banal”, inicia-se o assassinato com aval!
Não permita que uma criança sofra um assassinato literário. Leia. Permita-se ler, crescer, desenvolver e sorrir. E, mais do que sorrir, permita-se existir! Ler é viver. Ler é ser agente no mundo. Ler é fazer parte da sociedade. Proibir ou não incentivar a leitura é uma forma de discriminação. Não faça parte desse grupo! Apoie e exija um professor leitor!
Sim, eu sou uma professora! Não, eu não sou uma assassina. Sim, eu sou uma incentivadora da leitura, da vida, do SER!
06/06/2013
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Comentários:
A LEITURA TEM QUE SER INCENTIVADA ,MAS NÃO SE FAS MAIS PROFESSORES COMO CLAUDIA DE VILLAR. Marisa villar fraga, porto alegre23/06/2013 - 21:48
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Cláudia de Villar
Cláudia Oliveira de Villar é natural de Porto Alegre/RS e atua desde 2000 como professora de séries iniciais do ensino fundamental em escola pública estadual. Possui doze livros publicados, sendo dez para o público infanto-juvenil e dois para adultos: Eu também... (Alcance, 2005, infantil), Bola, sacola e escola (Manas, 2009, infantil), Zé Trelelé no Gre-Nal (Manas, 2010, infantil), Uma foca na Copa (Manas, 2010, infantil), Meu Primeiro Amor (Manas, 2011, infantil), Aprendendo a viver e ensinando a sonhar (Manas, 2012, adulto), Rambo, um peixe no fandango (Manas, 2013, infantojuvenil), Mano e a boneca de pano (Manas, 2013, infanto-juvenil, O Mistério do Vento Negro, volumes I e II(Imprensa Livre, 2014-2015, juvenil), Um Continho de Natal(Metamorfose, 2016) e o lançamento de 2018: Histórias para ler no Intervalo ( Metamorfose, 2018). Participou de três antologias, Brasil Poeta (Alcance, 2005), Casa do Poeta Rio-Grandense (Alcance, 2005) e Mercopoema (Alcance, 2005) e uma coletânea de contos, Metamorfoses (Metamorfose, 2016). Além do curso de Magistério, Cláudia é graduada em Letras, especialista em Pedagogia Gestora e Supervisão Escolar. Atua no meio educacional também como mediadora de leitura e, como jornalista colaboradora, a escritora é colunista do Jornal de Viamão/RS, bem como escreve para o portal Artistas Gaúchos, Homo Literatus e Almanaque Literário.
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