Cesar Alcázar é escritor, editor e tradutor gaúcho, conhecido pelos livros Bazar Pulp Histórias de Fantasia, Aventura e Horror e A Fúria do Cão Negro, além de ter organizado a antologia "Crônicas de Espada e Magia". Teve contos publicados em inglês pelas revistas Heroic Fantasy Quarterly e Swords and Sorcery Magazine. Além disso é sócio do também escritor Duda Falcão na editora Argonautas.
O escritor conta, em um bate-papo descontraído em um café no bairro Bonfim, em Porto Alegre, que começou a sua carreira falando sobre cinema, entre 2000 e 2001. Foi em 2008 que Alcázar começou a escrever com o intuito de publicar suas histórias. "Isso não foi planejado, eu nunca sentei e pensei em ser escritor, não tinha essa pretensão. Foi algo que aconteceu naturalmente e evoluiu em um cara que só guardava as histórias na cabeça e um dia passou para o papel para que alguém lesse, e quem sabe, gostasse" relata Cesar.
Gaúcho de Porto Alegre, Alcázar é conhecido por ter participado de diversas antologias em sua carreira, como a série "Sagas" (organizado pela própria editora Argonautas), "No Mundo dos Cavaleiros e Dragões", "Draculea", entre outros projetos; além disso o escritor tem dois livros lançados em sua "carreira solo": Bazar Pulp Histórias de Fantasia, Aventura e Horror e A Fúria do Cão Negro. Quando perguntado sobre a diferença de se escrever contos e de redigir seu próprio o livro, Cesar diz que às histórias são menores, e geralmente a editora responsável passa um tema especifico para que se escreva direcionado pra esse assunto.
- Quando se acostuma a escrever contos sempre, é meio difícil produzir algo maior e adaptar o pensamento para enredos mais longos. Muita gente que vê de fora acha que escrever contos é uma preparação para um romance, e isso não tem nada a ver. Os dois estilos são tão diferentes quanto dois idiomas, e aprender um idioma não é uma preparação para um segundo, você terá que fazer as aulas do zero, isso acontece também para nós escritores quando se fala em contos e romances.
Sobre o seu atual trabalho, intitulado A Fúria do Cão Negro, Alcázar fala que o personagem principal já existia em seus contos, e por isso o carinho por esse projeto é muito grande: "As histórias que contavam com a participação dele já tinham um forte tom de melancolia e tragédia, mas dessa vez as coisas tomam proporções que nunca tinham sido alcançadas.. Não foi algo divertido (risos) pois essa história é baseada em sofrimento. A narrativa tem muita ação e aventura, mas o cenário onde se passa é sempre aquele tempo fechado, de miséria mesmo. Nesse sentido o livro foi bem complicado pra se escrever, tanto é que quando encerrei a história cheguei a sentir um alívio."
Para o futuro o escritor pretende se aventurar no mundo dos cinemas, onde irá contar uma de quatro histórias em um longa-metragem divido em capítulos. O projeto ainda está no inicio, pois estão aguardando o edital de fomento ao audiovisual do governo do estado do Rio Grande do Sul. "Eu tive a sorte de entrar nesse trabalho de fazer um filme que conta quatro histórias, como aquelas antologias de filmes, muito populares nos anos 60 e 70." Além disso Cesar está roteirizando a história em quadrinho do Cão Negro, que está sendo desenhada por Fred Rubim, e que deve ser lançado em outubro, inicialmente como uma webcomic. Há também, mas para 2015, outra HQ que deve ser lançado com o roteiro de Alcázar, pela editora Estronho.
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