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Crônicas do Cotidiano
Jacira Fagundes


 Novo post em Literatura RS


Crônicas do Cotidiano: novos encontros virtuais
por Literatura RS

A partir de 22 de julho, participantes apresentam suas crônicas inspiradas em temas relacionados à pandemia

Edição: Vitor Diel sobre texto da assessoria
Arte: Giovani Urio sobre reprodução

Por sugestão de integrantes do grupo de Criação Literária de Jacira Fagundes, ocorrerão, a partir da data de 22 de julho, sempre às quintas-feiras, apresentações de crônicas autorais tendo por foco acontecimentos, cenas, lembranças ou reflexões relacionadas aos dias transcorridos durante a pandemia. "Olhos e ouvidos e ainda corações atentos garantirão a estas mulheres, espetáculos diários dignos de nota. Cenas e acontecimentos vistos ou vivenciados, à luz da criação de crônicas, ganharão novos significados a serem discutidos nos encontros", explica a escritora e organizadora Jacira Fagundes.

Com a reflexão abaixo a autora faz a chamada para a nova temática que será apresentada na sequência das Crônicas do Cotidiano.
A pandemia e o Mito da Caverna

As criaturas humanas, com a pandemia, encontram-se dissociadas, divididas em duas partes distintas: o corpo e a mente. O invólucro, que é o corpo, sujeito ao vírus cruel que o poderá invadir a qualquer momento e leva-lo à morte. E a mente, internalizada, a despertar os piores e mais inquietantes sentimentos – o medo, a dor, a desesperança, as perdas do outro e a perda de si mesmo. A morte do corpo. E da alma? Nunca saberemos.

Enquanto nossos corpos distanciam-se uns dos outros, isolando-se cada qual num casulo intransponível, onde não se fazem os abraços, quiçá os toques de mãos e bocas, nossas mentes unem-se em nefasta harmonia.

Creio que nunca se pensou tanto e por tanto tempo numa saída gloriosa para esta tristeza que vem corroendo mentes e destruindo vidas. As mentes estão gritando em uníssono. Há encontros de pensamentos ilusórios e de incertezas, sim. Há a fuga para um universo irreal e inacessível. Porém, levantam-se vozes sensatas, mesmo que abafadas. Todos num mesmo objetivo: a busca da vacina.

Qual a razão de trazer Platão e a alegoria sustentada pelo Mito da Caverna para esta reflexão?

As sombras projetadas na parede da caverna de Platão são ilusórias porque simulam uma distorção da verdade e do conhecimento. São muitos os que acreditam nas sombras distorcidas. E apenas um dos prisioneiros na caverna, acaba libertando uma intenção de encontro com a verdade, ação que o torna homem livre.

Estamos hoje fazendo uso extremado da imensidade de recursos que nos possibilita o encontro virtual. Ali somos imagens aproximadas, criadas pela tecnologia. Assim vencemos as distâncias, mesmo que ilusórias. Algo muito semelhante ao crédito que depositamos na figura gigante de uma seringa, contendo a vacina milagrosa, projetada na parede da nossa ignorância. E que, uma vez aplicada em nossos corpos, garantirá a nossa salvação.

Toda esta parafernália enche os humanos de certezas quanto à volta total da normalidade. Logo os soluços cessarão e serão substituídos por abraços. O sofrimento imposto terá fim.

Mas será preciso reconhecer que a projeção da seringa na parede da caverna é apenas uma cópia imperfeita de uma parcela da realidade. E que, uma vez libertos, corpos e mentes deverão corresponder à totalidade do conhecimento daquilo que constitui a verdade.

Para todos, ou para a maioria, poder saudar, ao final, o êxito do aprendizado.
 

 

Mais informações sobre Jacira Fagundes

 

A presença de Jacira Fagundes no portal é um oferecimento de:

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