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Literatura

Junto à estátua, burla de Luís Gama
Ronald Augusto

Poema escrito em versos decassílabos brancos, isto é, não rimados, cuja acentuação oscila entre heróica (as tônicas caem nas 6a e 10a sílabas) e sáfica (tônicas nas 4a, 8a e 10a sílabas). Contudo, no interior dos versos se constata, além de muitas correspondências fono-semânticas que mobilizam e potencializam o entrecho textual, a ocorrência de assonâncias, rimas toantes, tais como: membros/quedos, sentado/lago, ramos/manso, escravo/raios, furtiva/notívagas, etc. Em outro passo, o vislumbre de um virtual palíndromo misturado a mais assonâncias e traços aliterantes em / t /, quando o poeta sente o “graTo aroma” entre os “TorTos ramos”. Nos dois primeiros quartetos, também encontramos a interessante teia paronomástica “marmor/amor/mar”, que numa investida hermenêutica sem pretensão de ser exaustiva, autorizada, por sua vez, pela interpretação referencial do poema, se poderia ler, por exemplo, assim: o amor pertinaz enfrenta o mar iracundo – as resistências do entorno –, mas termina, num jogo cambiante de anagramatização, deparando a mudez do mármore estatuário, como óbice étnico-social. Mais abaixo, esta seqüência será desenvolvida.

O poema “Junto à estátua” (Trovas burlescas, 1859-1861) apresenta, portanto, uma composição sonora mais orgânica, para cuja beleza contribui, mesmo, a liberdade no uso franco de diversos tipos de estrofes. Luís Gama lesa as regras da versificação conferindo ao poema uma pulsão transgressora com relação aos modelos em que a funcionalidade expressiva começa a afrouxar. A par disso, não se pode perder de mira que o poeta é representante do “duro” em contraste com o “suave” na arte da poesia. Ele se insere numa cidade estilística que tem em perspectiva a retórica do escárnio e do maldizer. Por conseguinte, objeções como as que partem, inclusive, de alguns organizadores e comentadores de suas obras, afirmando que Luís Gama “não prima pela beleza formal” e que sua rima “às vezes é paupérrima”, caracterizam bem a expressão espirituosa que faz broma da tentativa descabida daquele que pretende colher “pêras ao olmo”. Uma visão apenas “sério-estética” da literatura, ao cobrar o que, aparentemente, falta à poesia de Luís Gama, não percebe o que ela contém.

Assim, embora Luís Gama não se vexe de tomar emprestado de Camões uns clássicos versos renascentistas para epigrafar sua pequena grande obra – e incorpore, mesmo, algo da atmosfera e do estoque imagético com que o poeta lusitano esboça uma cena bucólica –, não há um padrão estrófico estabelecido de antemão ao qual se submeta, nem a filiação restritiva do autor às exigências de uma ourivesaria do verso. Por entre os vazios fragrantes da estrofe camoniana, Gama põe em circulação um surdo gracejo. O poeta nos faz saltar do quarteto para a sétima, desta para um grupo de tercetos e outro quarteto, depois nos abandona numa estrofe de onze versos e, em seguida, nos convida a enfrentar um sexteto, etc. As estrofes se acomodam ao “clima”, aos sobressaltos da matéria narrada. O poema é concluído com quatro “quadras ao gosto popular” em redondilha menor, versos de cinco sílabas, mas, desta vez, com rimas consoantes. As quadras (“...canções, ternas endeixas”), vazadas numa fanopéia “pó de arroz”, preservam, no entanto, um tom gostoso e melancólico de cantiga que alude à estética do “domínio público”, onde a ingenuidade premeditada – ou, ainda, kitschizada – se configura em post-scriptum mitigador da “desilusão amorosa” a que é submetido o espírito desta voz de inflexão romântico-parnasiana condutora do poema.

Resumindo um pouco, o poema trata do pesadelo persecutório do eros inter-racial, onde estão em causa, no julgamento e na censura determinados pela sociedade, a hýbris do negro que inspeciona território que lhe é vedado e o rebaixamento da presumida pureza do branco envolvidos nessa variedade de contrato amoroso. Por outro lado, é interessante notar que Luís Gama não condena nem absolve a perplexidade da persona negra no instante em que percebe, depois da estranha noite de prazer entre “aéreos sonhos”, que, agora, tem em seus braços apenas o “grosseiro mármore” de uma estátua gelada. Quando muito, o poeta deixa em aberto um quase-riso com relação ao auto-engano, pois ele talvez se veja implicado no logro, a um só tempo, ingênuo e complexo que materializa no poema.

À parte, resta o “estado de coisas” pré-abolicionista, pois: “longe do mundo, das escravas turbas”, o “túmido Tritão” acolhe em seus “lábios negros” a “virgem de nevado colo,/ de garços olhos, de cabelos de ouro”, e em seu delírio lírico voa “com ela às regiões etéreas”. O mármore final, a estátua em que se transforma, ou se revela, o obscuro objeto do desejo do poeta-Tritão, rivaliza – dentro de uma perspectiva sincrônica – com a metáfora da parede tremenda de preconceitos tematizada por Cruz e Sousa no poema em prosa “Emparedado” (Evocações, 1898). A dialética da interdição e da auto-interdição no corte indeciso entre o privado e o público “à sombra/ da infernal ventura” de seu tempo.

Junto à estátua – Luís Gama
(NO JARDIM BOTÂNICO DA CIDADE DE S. PAULO)

Já a saudosa Aurora destoucava
Os seus cabelos de ouro delicados, E as boninas nos campos esmaltados
De cristalino orvalho borrifava.

CAMÕES – Soneto

 

 

 

Em plácida manhã serena e pura,
Sentado à borda de espaçoso lago;
O corpo recostado em frio marmor,
Tórridos membros sobre a terra quedos.

Qual túmido Tritão de amor vencido,
Transpondo as serras, iracundos mares,
D’Aurora o berço perscrutando ousado,
Dolorosos suspiros exalava

Meu frágil peito da natura escravo.
Já nas fúlgidas portas do Oriente,
Trajando púrpura majestoso assoma
Luzeiro ardente, que expandindo os raios,
Deslumbra os olhos, e a razão sucumbe,
E, com furtiva luz, pálidas fogem
Notívagas esferas cintilantes.

As brandas auras perfumadas vinham
De grato aroma que invejara Meca
Nos tortos ramos assoprar de manso.

Em nuvens brancas lá do céu caía
Pranto saudoso que derrama a Aurora,
Que a terra orvalha, que floreia os prados.

Longe do mundo, das escravas turbas,
Que o ouro compra de avarentos Cresos,
A minh’alma aos delírios se entregava,
À sombra de ilusões – de aéreos sonhos.

Formosa virgem de nevado colo,
De garços olhos, de cabelos louros;
Sanguíneos lábios, elegante porte,
Mimoso rosto de Ericina bela,
Curvando o seio de alabastro fino,
Mimosa imprime nos meus lábios negros
Gostoso beijo de volúpia ardente! –
Vencido de prazer, nadando em gozos,
Já temeroso pé movendo incerto,
Vôo com ela às regiões etéreas
Nas tênues asas de ternura infinda.

 

Rasgando o véu das ilusões mentidas,
Que est’alma frágil seduzir puderam,
Imóvel terra, cambiantes flores,
Viram meus olhos no romper da Aurora;
E dentre os braços, que cerrados tinha,
Gelada estátua de grosseiro mármore!...

Cândidas boninas
E púrpuras rosas,
Violetas roxas
Do luar saudosas;

Verdejantes murtas,
Redolentes cravos,
Lindas papoulas
Da donzela escravos,

Ao soprar da brisa
Em balanço undoso,
O mortal encantam
Num sonhar gostoso.

Mas fugindo as nuvens
– Que a ilusão fulgura,
Só vagueia à sombra
Da infernal ventura.


16/04/2012

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Comentários:

Ali Kamel não somos racistas, onde está Amarildo?
Fábio Luis Siquera Miranda, terrinha moiadinha de garoa 03/08/2013 - 00:27
A GLOBO ditadura Vandalista da comunicação, leviana ardilosa e racista inimiga do povo brasileiro. No Brasil os judeus monopolizam a TV discriminam e humilham as mulheres negras?A MeGaLOBO RACISMO? A violência do preconceito racial no Brasil personagem(Uma negra boçal degradada pedinte com imagem horrenda destorcida é a Adelaide http://globotv.zorra-total/v/adelaide-e-briti-pedem-dinheiro-no-metro/, do Programa Zorra Total, TV Globo do ator Rodrigo Sant’Anna? Ele para a Globo e aos judeus é engraçado, mas é desgraça para nós negros afros indígenas descendentes, se nossas crianças não tivessem sendo chamadas de Adelaidinha ou filha, neta e sobrinha da ADELAIDE no pior dos sentidos, é BULLIYING infeliz e cruel criado nos laboratórios racistas do PROJAC (abrev. de Projeto Jacarepaguá da Central Globo de Produção) da Rede Globo é dominado por judeus diretores,produtores e apresentadores como Arnaldo Jabor,Carlos Sanderberg,Luciano Huck, Jairo Bouer,Luis Erlanger,Marcos Losekann,Marcius Melhem e Leandro Hassum,Vladimir Brichta,Tiago Leifert, Pedro Bial,William Waack,William Bonner & Fatima Bernardes,Ernesto Paglial & Sandra Annenberg,Mônica Waldvogel,Renata Malkes,S. Passarinho,Amora Mautner, Leilane Neubarth, Lillian W. Fibe,Esther Jablonski,Glenda Kozlowski, Beatriz Thielmann,Wolf Maya,Mário Cohen,Ricardo Waddington,Max Gerinder,Mauro Molchansky,Maurício Sirotsky,Michel Bercovitch,Fábio Steinberg,Guilherme Weber,Caio Blinder,Daniel Filho,Gilberto Braga,Walcyr Carrasco,Carlos H. Schroder e o poderoso Ali Kamel diretor chefe responsável e autor do livro Best seller o manual segregador (A Bíblia do racismo,que irônico tem por titulo NÃO SOMOS RACISTA baseado e num monte de inverdades e teses racistas contra os negros afrodescendentes brasileiros)E por Maurício Sherman Nisenbaum(que Grande Otelo, Jamelão e Luis Carlos da Vila chamavam o de racista porque este e o Judeu sionista racista Adolfo Block dono Manchete discriminavam os negros)responsável dirige o humorístico Zorra Total Foi dono da criação de programas e dos programas infantis apresentados por Xuxa(Luciano Szafir)e Angélica(Luciano Hulk) ambas tendo seus filhos com judeus,apresentadoras descobertas e lançadas por ele no seu pré-conceitos de padrão de beleza e qualidade da Manchete TV dominada por judeus sionistas,este BULLIYING NEGLIGENTE PERVERSO que nem ADOLF HITLER fez aos judeus mas os judeu sionistas da TV GLOBO faz para a população negra afrodescendente brasileira isto ocorre em todo lugar do Brasil para nós não tem graça, esta desgraça de Humor racista criminoso, que humilha crianças é desumano para qualquer sexo, cor, raça, religião, nacionalidade etc. o pior de tudo esta degradação racista constrangedora cruel é patrocinada e apoiada por o Sr Ali KAMEL fascista sionista (marido da judia Patrícia Kogut jornalista do GLOBO que liderou dezenas de judeus artistas intelectuais e empresários dos 113 nomes(Manifesto Contra as contra raciais) defendida pela radical advogada Procuradora Roberta Kaufmann do DEM e PSDB e o Senador Demóstenes Torres que foi cassado por corrupção)TV Globo esta mesma que fez anuncio constante do programa (27ª C.E. arrecada mais de R$ 10,milhões reais de CENTARROS para esmola da farsa e iludir enganando escondendo a divida ao BNDES de mais de 3 bilhões dólares dinheiro publico do Brasil ) que tem com o título ‘A Esperança é o que nos Move’, show do “Criança Esperança”de 2012 celebrará a formação da identidade brasileira a partir da mistura de diferentes etnias) e comete o Genocídio racista imoral contra a maior parte do povo brasileiro é lamentável que os judeus se divirtam com humor e debochem do verdadeiro holocausto afro-indigena brasileiro o Judeu Sergio Groisman em seu Programa Altas Horas e assim no Programa Encontro com a judia Fátima Bernardes riem e se divertem.(A atriz judia Samantha Schmütz em papel de criança um estereótipo desleal e cruel se amedronta diante aquela mulher extremamente feia) para nós negros afros brasileiros a Rede GLOBO promove incentiva preconceitos raciais que humilha e choca o povo brasileiro.Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 – REQBRA Revolução Quilombolivariana do Brasil - quilombonnq@bol.com.br
Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970, So Paulo SP 24/06/2013 - 05:09
Ali Kamel diretor chefe responsável e autor do livro Best seller o manual segregador (A Bíblia do racismo,que irônico tem por titulo NÃO SOMOS RACISTA baseado e num monte de inverdades e teses racistas contra os negros afrodescendentes brasileiros)E por Maurício Sherman Nisenbaum(que Grande Otelo, Jamelão e Luis Carlos da Vila chamavam o de racista porque este e o Judeu sionista racista Adolfo Block dono Manchete discriminavam os negros)responsável dirige o humorístico Zorra Total Foi dono da criação de programas e dos programas infantis apresentados por Xuxa(Luciano Szafir)e Angélica(Luciano Hulk) ambas tendo seus filhos com judeus,apresentadoras descobertas e lançadas por ele no seu pré-conceitos de padrão de beleza e qualidade da Manchete TV dominada por judeus sionistas,este BULLIYING NEGLIGENTE PERVERSO que nem ADOLF HITLER fez aos judeus mas os judeu sionistas da TV GLOBO faz para a população negra afrodescendente brasileira isto ocorre em todo lugar do Brasil para nós não tem graça, esta desgraça de Humor racista criminoso, que humilha crianças é desumano para qualquer sexo, cor, raça, religião, nacionalidade etc. o pior de tudo esta degradação racista constrangedora cruel é patrocinada e apoiada por o Sr Ali KAMEL fascista sionista (marido da judia Patrícia Kogut jornalista do GLOBO que liderou dezenas de judeus artistas intelectuais e empresários dos 113 nomes(Manifesto Contra as contra raciais) defendida pela radical advogada Procuradora Roberta Kaufmann do DEM e PSDB e o Senador Demóstenes Torres que foi cassado por corrupção)TV Globo esta mesma que fez anuncio constante do programa (27ª C.E. arrecada mais de R$ 10,milhões reais de CENTARROS para esmola da farsa e iludir enganando escondendo a divida ao BNDES de mais de 3 bilhões dólares dinheiro publico do Brasil ) que tem com o título ‘A Esperança é o que nos Move’, show do “Criança Esperança”de 2012 celebrará a formação da identidade brasileira a partir da mistura de diferentes etnias) e comete o Genocídio racista imoral contra a maior parte do povo brasileiro é lamentável que os judeus se divirtam com humor e debochem do verdadeiro holocausto afro-indigena brasileiro o Judeu Sergio Groisman em seu Programa Altas Horas e assim no Programa Encontro com a judia Fátima Bernardes riem e se divertem.(A atriz judia Samantha Schmütz em papel de criança um estereótipo desleal e cruel se amedronta diante aquela mulher extremamente feia) para nós negros afros brasileiros a Rede GLOBO promove incentiva preconceitos raciais que humilha e choca o povo brasileiro.Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 – REQBRA Revolução Quilombolivariana do Brasil - quilombonnq@bol.com.br
Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970, So Paulo SP 24/06/2013 - 05:07
Poeta, advogado, jornalista, abolicionista baiano Luís Gama Patrono da cadeira nº 15 da Academia Paulista de Letras, poeta, advogado, jornalista e um dos mais combativos abolicionistas de nossa história. Luís da Gama era filho da africana livre Luiza Mahin, uma das principais figuras da Revolta dos Malês, com um fidalgo branco de origem portuguesa Nabor da Gama Filho, de uma rica família carioca, mas amante da boa vida e dos jogos de azar. Depois que sua mãe foi exilada por motivos políticos, Luís, com apenas 10 anos, foi vendido como escravo pelo próprio pai, sendo levado para o Rio de Janeiro e depois para São Paulo. Foi comprado pelo alferes Antonio Pereira Cardoso, proprietário de uma fazenda no município de Lorena. Em 1847, o alferes recebeu a visita do jovem estudante Antonio Rodrigues do Prado Júnior, que, afeiçoando-se a Luís, ensinou-o a ler e a escrever. Em 1848, Luís Gama fugiu, pois sabia que sua situação era ilegal, já que era filho de mãe livre. Após seis anos de uma tumultuada carreira no exército, deu baixa no serviço militar em 1854. Dois anos depois voltou à Força Pública. Luís Gama inaugurou a imprensa humorística paulistana ao fundar, em 1864, o jornal "Diabo Coxo". Poeta satírico, ocultou-se, por vezes, sob o pseudônimo de Afro, Getulino e Barrabás. Sua principal obra foi "Primeiras trovas burlescas de Getulino", de 1859, onde se encontra a sátira "Quem sou eu?", também conhecida como Bodarrada. Autodidata, Luís Gama tornou-se advogado e iniciou suas atividades contra a escravidão, conseguindo libertar mais de 500 escravos. É dele a frase: "Perante o Direito, é justificável o crime do escravo perpetrado na pessoa do Senhor". Conhecido como o "amigo de todos", tinha em casa uma caixa com moedas que dava aos negros em dificuldades que vinham procurá-lo. Influenciou grandes figuras como Raul Pompéia, Alberto Torres e Américo de Campos mas morreu em 24 de agosto de 1882, sem ver concretizada a Abolição.
Constantino Mendes de Souza(historiador), Rio de Janeiro/Rj 23/12/2012 - 08:06
Nabor da Gama Junior & Luis Gama abolicionistas. Nascido em 1881, em 04 de maio, este homem participou ativamente da vida politica do Brasil, mas como conselheiro amigo e desapegado de cargos públicos, vivia intensamente seus dias de ouro no estado da Guanabara, muito eloquente sabia transmitir seus pensamentos e suas ações eram enraizadas em fundamentos históricos, já que suas correntes de raciocínio afirmava que tudo já havia acontecido no decorer do passado ao presente e o futuro era o reflexo do homem de hoje. No Brasil “as eleições de março de 1900 para a câmara federal e para uma terça parte do senado confirmam o benefício das políticas em favor das oligarquias que estão no poder”. O Brasil vivia em todas as regiões um comando de poucos grupos denominados oligarquias, a oligarquia Nery com os seus representantes Silvério José e Antônio Constantino figuravam como lideranças estaduais e federais, mas a oligarquia sofria com a alta excessiva do custo de vida, acompanhada da crise industrial e comercial, sofrendo pressões por conta do desemprego e o descontentamento popular que geraram greves como a dos cocheiros, evidenciando a fragilidade da realidade brasileira, quanto a economia, política e questões sociais . Vários acontecimentos ocorridos no Brasil no período de 1900-1905 como as lutas partidárias e as relações políticas, o grau entre as questões civis, militares, exército, marinha, a pequena burguesia urbana e a burguesia agrária e mercantil . O complô monárquico do Rio de Janeiro, que levantou e denunciou os problemas prementes do momento, sobre a deflação iniciada por Campos Sales que provocou a alta excessiva do custo de vida, acompanhada da crise industrial e comercial de 1900; o desemprego e falta de numerário geraram uma onda crescente de descontentamento. As finanças governamentais se equilibraram, mas o imposto de consumo, as obrigações fiscais e o aumento da taxa alfandegária, levaram os produtos a altas cada vez maiores. Em suma houve “descontentamento popular que se traduziu em greves operárias. A intensa e violenta greve de cocheiros, em janeiro de 1900, mostrou o descontentamento geral” . Em 24 de agosto de 1902 deu-se um novo movimento monarquista agora em São Paulo, na verdade, a revolta foi resultado de uma aliança de várias tendências que, desgostosas com a situação política e econômica, se uniram numa frente única para tentar derrubar o governo federal de Campos Sales e o de Bernardino de Campos. Incentivados pelos dissidentes paulistas, monarquistas e militares, os revoltosos pensaram que obteriam facilmente o apoio das classes comerciais e populares, que ainda sofriam as graves conseqüências da política e das crises que se sucederam desde 1900. “A situação das classes trabalhadoras e da classe média, que sofrem com a alta do custo de vida, com a alta excessiva dos aluguéis, com o desemprego, é desesperadora” . A obra material de reconstrução da cidade do Rio de Janeiro começou em 1903. Para isso Pereira Passos usou de negociações, da força e até de atos extralegais, mas a celeuma que levantou foi pequena, quando comparada ao problema da vacina obrigatória. Na verdade, foram esses fatores somados à alta constante do custo de vida, resquícios de jacobinismo entre outros que conduziram aos acontecimentos de 1904, como nos mostra a história: Febre amarela, desinteria, varíola, peste bubônica e outras doenças endêmicas assolam o Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras – litoral e interior – tornando perigosa e problemática a vida dos estrangeiros que aportam ao Brasil; o desvio de navios para outros países prejudica enormemente o comércio, a imigração etc. Os organismos sanitários competentes estavam mal distribuídos entre os governos municipal e federal. As tentativas de uni-los vinham desde o tempo de Campos Sales, mas somente com o decreto de 02 de janeiro de 1903 a união se realiza, ficando Diretoria Geral de Saúde Pública responsável pela defesa sanitária da cidade No dia 31 de outubro de 1904 foi sancionada a lei nº 1261, que tornou obrigatória em toda a República a vacinação e revacinação contra a varíola. As manifestações esparsas e a desconfiança passaram a ser de agressividade, a partir da lei sobre a vacina obrigatória. As políticas de saneamento e de reforma urbana promovidas no governo de Rodrigues Alves e conduzidas com violência revoltaram a população pobre do Rio de Janeiro. Cortiços e casas populares são derrubados o que permitiu o alargamento das ruas e a construção de avenidas. A população foi expulsa de suas casas e os aluguéis aumentaram absurdamente. A campanha de saneamento também foi violenta: as casas da população pobre foram invadidas e vasculhadas, os utensílios em condições precárias foram inutilizados . O resultado da situação apontada, segundo o historiador Edgard Carone foi a revolta que explodiu em 9 de outubro de 1904, com a aprovação da lei que tornou a vacinação obrigatória. Repartições públicas foram depredadas, lojas saqueadas e bondes incendiados. A população levantou barricadas em diversas ruas do Rio. A luta se intensificou e as tropas policiais, ajudadas pelos bombeiros, foram incapazes de vencer todos os focos populares. A oposição procurou usar a revolta para derrubar o governo: dia 13 de outubro a Escola Militar rebelou-se. A reação do governo foi imediata. Controlou a rebelião popular e no dia 16 do mesmo mês quando as forças legalistas ocuparam a Escola Militar . Carone seguiu apontando que Osvaldo Gonçalves Cruz foi escolhido pelo governo para o cargo de diretor-geral da Saúde Pública, em 26 de março de 1903, planejou e coordenou a campanha pela erradicação da febre amarela e da varíola do Rio de Janeiro. Organizou as brigadas "mata-mosquitos" e foi o principal pivô da chamada Revolta da Vacina e da rebelião da Escola Militar contra a lei da vacinação obrigatória. Dirigiu a campanha pela erradicação da febre amarela em Belém do Pará e na zona da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Houve um mapeamento dos movimentos entre as alianças e as oligarquias, e as dissidências partidárias estaduais em constantes peregrinações na busca de apoio nos meios e nos setores militares. Assim também como ocorreram as relações econômicas em detrimento as oligarquias agrárias, as divisões das classes rurais e urbanas . Em meio de grandes confusões sócio políticas, levantava-se uma perseguição antisemita que o judeu Nabor da Gama Junior sem pretensões religiosas, apenas um jovem bem apresentável e com desenvoltura verbal, galgava o seu crescimento frente a marinha mercante do Brasil, partidário de ideais federalistas, defendia a monarquia, acreditava no potencial populacional do grande estado, era um defensor das minorias e assim como "Luis Gama" o abolicionista, retratava a burguesia carioca as diferenças sociais que imperavam naquela sociedade, afirmava que a salvação do Brasil era a Educação, e que se o povo não fosse tratado com justiça, a sociedade pagaria com a revolta. O médico paraense Manoel da Gama Lobo seu mestre e amigo além dos laços familiares, o advertia sobre serem os mesmos parte de uma minoria, neste feito o mesmo jovem Nabor agora na marinha de Guerra, inclinou-se aos estudos seculares e universitários, já fluente em ingles, frances, alemão, hebraico, português, italiano; formou-se em engenharia mecânica em 03 de maio de 1912, em Scranton PA. pela universidade internacional, deixou a parte suas convicções políticas e passou a dedicar-se aos estudos e sua carreira, participou de novas correntes da velha República fazendo referência aos lideres proeminentes da época, mas em seu coração permanecia a proteção do povo brasileiro e a força do amor e respeito por seu país. O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro. República das Oligarquias O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país. Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista. Política do Café-com-Leite A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período. Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados. Política dos Governadores Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo. O coronelismo A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência. O Convênio de Taubaté Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café. A crise da República Velha e o Golpe de 1930 Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas. Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas. Galeria dos Presidente da República Velha : Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922), Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930). PRIMEIRA REPÚBLICA Proclamada a República, instituiu-se imediatamente um governo provisório, chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca. O governo provisório, formada na noite de 15 de novembro de 1889, deveria dirigir o país até que fosse elaborada uma nova constituição. Compunham o primeiro Ministério da República Aristides Lobo, ministro do Interior; Campos Sales, ministro da Justiça; Rui Barbosa, ministro da Fazenda; Quintino Bocaiúva, ministro das Relações Exteriores; Demétrio Ribeiro, ministro da Agricultura, Comércio e obras Públicas; Benjamin Constant, ministro da Guerra; Eduardo Wandenkolk, ministro da Marinha. As principais medidas estabelecidas por esse governo foram: banimento da família imperial, que deixou o Brasil na madrugada do dia 17 de novembro; escolha do regime federativo republicano de governo; transformação das antigas províncias em Estados; subordinação das Forças Armadas ao novo governo; determinação de que o Rio de Janeiro seria provisoriamente a sede do governo federal; abolição da vitaliciedade senatorial; extinção do Conselho de Estado; dissolução da Câmara dos Deputados e do Senado; reconhecimento dos compromissos assumidos pelo governo imperial; criação da bandeira republicana; a grande naturalização, ou seja, a cidadania brasileira para todos os estrangeiros residentes no Brasil, que assim desejassem; convocação de uma Assembléia Constituinte, para elaborar uma nova Constituição; separação entre a Igreja e o Estado e instituição do casamento civil; reforma do Código Penal. GOVERNOS REPUBLICANOS O período que vai de 1889 a 1894 ficou conhecido como "República da Espada" em virtude da condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Em 25 de fevereiro de 1891, Deodoro da Fonseca foi eleito pelo congresso para o cargo de presidente da República e Floriano Peixoto para o de vice-presidente. O governo republicano enfrentou pronto reconhecimento interno e externo. A República iniciou-se com um golpe militar que não encontrou reação violenta, mas, pouco depois da instauração do novo regime, ocorreram revoltas que puseram em perigo sua sobrevivência. O primeiro presidente enfrentou a oposição do Congresso Nacional, que propôs a Lei das Responsabilidades, com o objetivo de restringir os poderes do Executivo Federal. Em conseqüência , Deodoro da Fonseca dissolveu o Congresso e decretou estado de sítio, em 3 de novembro de 1891. O Exército e a Marinha protestaram. Para evitar derramamento de sangue, Deodoro, assumiu o governo da nação o vice-presidente Floriano Peixoto. Este não acatou a disposição constitucional, que determinava nova eleição, no caso de vaga na Presidência ou Vice-Presidência, antes de terem decorridos dois anos do período presidencial. A Revolução Federalista foi uma revolta chefiada pelo caudilho Gumercindo Saraiva contra o presidente do estado, Júlio de Castilhos. As lutas entre os chefes locais no Rio Grande do Sul vinham do tempo do império. O movimento estendeu-se ao Paraná e a Santa Catarina, chegando a ameaçar São Paulo, cuja defesa foi organizada pelo presidente do Estado, Bernardino de Campos. Os revoltosos do sul uniram-se aos participantes da Revolta da Armada, que estava ocorrendo na mesma época, mergulhando o país na mais sangrenta revolução da Primeira República ou República Velha. A luta, que durou 31 meses, teve 10.000 mortos e causou prejuízos incalculáveis. PRUDENTE DE MORAIS E A GUERRA DE CANUDOS Crises internas e externas marcaram o período do governo de Prudente de Morais: Revolução Federalista, na Região Sul; Guerra dos Canudos, na Região Nordeste; ocupação da ilha Trindade pelos ingleses. Todos esses problemas foram resolvidos durante o seu governo. A guerra de Canudos. No governo de Prudente de Morais, eclodiu nos sertões da Bahia uma revolta de caráter diferente daquelas que ocorreram nos governos republicanos anteriores. Movidos pelo misticismo e fugindo à miséria provocada pelas secas, os sertanejos reuniram em torno de Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Antônio Conselheiro, que se dizia enviado de Deus. A derrota fragorosa das tropas do governo estadual contra os revoltosos provocou o envio de tropas federais. No entanto, as forças federais eram insuficientes para enfrentar à resistência dos homens de Antônio Conselheiro, que tinham como vantagem um profundo conhecimento da região. O governo federal, resolvido a encerrar de vez o movimento revoltoso, organizou um verdadeiro exército para atacar Canudos. Contra as forças federais, numerosas e bem preparadas, pouco adiantou a tenaz resistência dos sertanejos. O arraial de Canudos foi destruído casa por casa após o término da resistência. Pouco depois do fim da Guerra de Canudos, um militar de baixa patente, Marcelino Bispo, realizou um atentado contra a vida de Prudente de Morais. O presidente, que fora homenagear as tropas vitoriosas que chegavam da Bahia, conseguiu escapar do atentado, mas o marechal Carlos Machado Bittencourt, ministro da Guerra, foi ferido de morte ao defender o chefe do governo. O episódio aumentou o prestígio popular do presidente, fortalecendo-o no poder. CAMPOS SALES O sucessor de Prudente de Morais recuperou a situação financeira do Brasil, abalada pelas revoltas e pelas crises econômicas ocorridas nos governos anteriores. Para restabelecer o crédito brasileiro no exterior, Campos Sales negociou com banqueiros de outros países um acordo denominado funding loan. Por esse acordo, o Brasil deixaria durante um determinado período de pagar juros dos empréstimos anteriores e faria um novo empréstimo. O governo dava como garantia as rendas das alfândegas de alguns portos, da Central do Brasil e do abastecimento de água do Rio de Janeiro. O principal auxiliar do presidente foi o ministro da fazenda, Joaquim Murtinho, que tomou uma série de medidas para restaurar as abaladas finanças do país. Para garantir o apoio do Congresso à sua política financeira, Campos Sales colocou em prática a política dos governadores,que caracterizava toda a vida política do país até a Revolução de 30. Como já dissemos, a política dos governadores consistia basicamente num acordo entre o presidente da República e os governadores dos Estados, visando fortalecer ambas as partes. Seriam admitidos no poder Legislativo federal apenas os deputados que representassem a situação em seus respectivos Estados. Após as eleições, a Comissão Verificadora de Poderes, controlada pelo Executivo federal, "diplomava" ou "degolava" os candidatos eleitos, conforme fossem ou não partidários do governo de seu Estado. Em troca, a Câmara dos Deputados eleita e "diplomada" daria todo o apoio às iniciativas do governo federal. Através desse sistema, as oligarquias estaduais mantiveram-se no poder durante décadas e, ao mesmo tempo, ficou assegurado o predomínio político de São Paulo e Minas Gerais, os dois Estados economicamente mais fortes e com maior representação no Congresso. RODRIGUES ALVES No governo de Rodrigues Alves, a cidade do Rio de Janeiro foi saneada graças ao cientista Osvaldo Cruz, que conseguiu eliminar o flagelo da febre amarela. A capital brasileira foi também modernizada pelos trabalhos realizados na administração do prefeito Francisco Pereira Passos, que alargou as ruas e construiu a Avenida Central, atual Avenida Rio Branco. O Acre foi incorporado ao Brasil pelo Tratado de Petrópolis, e a cafeicultura iniciou uma fase de apogeu favorecida pelas determinações do Convênio de Taubaté. Nessa época ocorreu ainda a Revolta da Escola Militar. O fator principal desse movimento foi a obrigatoriedade de vacinação contra a varíola, decretada pelo governo federal, o que já causara revoltas e motins de rua no Rio de Janeiro (Esses motins e revoltas são designados pelo nome de Revolta da Vacina). O presidente resistiu às pressões dos militares rebeldes, que pretendiam obrigá-lo a abandonar o Palácio do Catete. Depois de alguns conflitos os revoltosos foram vencidos pelas forças do governo. AFONSO PENA Embora abalada por crise políticas, a administração de Afonso Pena fez melhorias na rede ferroviária, como a ligação de São Paulo a Mato Grosso, modernizou as Forças Armadas, estimulou o desenvolvimento da economia do país e incentivou a imigração. O presidente faleceu antes de completar o mandato e foi substituído pelo vice Nilo Peçanha. NILO PEÇANHA Durante seu governo foi criado o Serviço de Proteção dos Índios (SPI), substituído mais tarde (em 1967) pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Outra medida importante foi o saneamento da baixada fluminense. A campanha eleitoral entre os civilistas, que apoiavam Rui Barbosa, e os hermistas, partidários de Hermes da Fonseca, tumultuou a fase dinal do governo de Nilo Peçanha. Na disputa pela sucessão, paulistas e mineiros desentenderam-se, abrindo espaço para outras candidaturas: marechal Hermes da Fonseca, do Rio Grande do Sul, apoiado por Minas Gerais; e Rui Barbosa, apoiado por São Paulo e Bahia. Os partidários de Rui procuraram atacar o adversário, criticando sua condição militar; daí a campanha ser conhecida como civilista. Apesar do apoio do poderoso PRP (Partido Republicano Paulista) e do programa de reformas apresentado por Rui Barbosa, os civilistas perderam as eleições para o marechal Hermes. HERMES DA FONSECA Este foi um dos mais convulsionados períodos da República. O presidente pôs em prática a política das salvações, que consistia em intervir nos Estados onde o governo não tinha o apoio das oligarquias locais. Houve intervenções em todo o Nordeste, provocando violentas disputas como as que aconteceram no Ceará. Durante o mandato de Hermes da Fonseca, ocorreram a Revolta da Chibata, a Questão do Contestado e a Sedição do Juazeiro. VENCESLAU BRÁS Seu mandato coincidiu com a Primeira Guerra Mundial, da qual o Brasil participou, lutando contra a Alemanha. Em seu governo foi promulgado o Código Civil Brasileiro. A gripe espanhola, terrível epidemia que surgiu na Europa em conseqüência da guerra, fez milhares de vítimas no Brasil. Nesse governo foi resolvida a questão de limites entre Paraná e Santa Catarina. Os governos dos dois Estados entraram em acordo sobre a região do Contestado e dividiram entre si as terras em disputa. Nas eleições realizadas para escolher o sucessor de Venceslau Brás, foi novamente eleito Rodrigues Alves, que faleceu em 1918 antes de tomar posse. O vice-presidente eleito, Delfim Moreira, governou até o novo presidente ser eleito e empossado. EPITÁCIO PESSOA O governo de Epitácio Pessoa realizou obras para combater as secas do Nordeste, fez reformas no Exército e promoveu a construção de ferrovias. Nessa época cresceram as insatisfações contra a política dos "grandes Estados". A contestação ao sistema do café-com-leite evidenciou-se durante a campanha de sucessão presidencial. São Paulo e Minas Gerais indicaram a candidatura de Artur Bernardes. A oposição articulou a Reação Republicana, movimento organizado pelos chefes políticos do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, que lançaram a candidatura de Nilo Peçanha para a Presidência. Hermes da Fonseca e parte da jovem oficialidade do Exército apoiaram sem sucesso a Reação Republicana, pois Artur Bernardes venceu as eleições. Em 5 de julho de 1922, ocorreu a Revolta do Forte de Copacabana, contra a posse do sucessor de Epitácio Pessoa. A revolta foi prontamente sufocada pelas forças do governo, que massacraram parte dos jovens oficiais. Estes, em número dezoito, saíram do forte e avançaram, de armas nas mãos, contra as tropas enviadas para combatê-los. Do episódio dos Dezoito do Forte, como ficou conhecido o levante, participou o tenente Eduardo Gomes, que mais tarde se tornaria uma das figuras de maior destaque nas Forças Armadas e na política brasileira. ARTUR BERNARDES Artur Bernardes governou todo o período em estado de sítio. Seu mandato foi marcado por revoltas como a de 1923, no Rio Grande do Sul, e a de 1924, em São Paulo. No Rio Grande do Sul, o político Borges de Medeiros havia sido reeleito governador do Estado pela quinta vez. Inconformados, seus opositores recorreram às armas para impedir sua posse. A revolta gaúcha contra o governo do Estado foi pacificada graças ao ministro da Guerra, Setembrino de Carvalho, que promoveu o chamado Acordo de Pedras Altas. Esse acordo garantiu o cumprimento do mandato de Borges de Medeiros, mas introduziu modificações na Constituição estadual, que impediam sua reeleição e diminuíam o poder dos coronéis locais. Em São Paulo, sob a chefia do governo reformado Isidoro Dias Lopes, os revoltosos contra o governo de Bernardes dominaram a cidade por 23 dias. Pretendiam a deposição do presidente. O governador do Estado, Carlos de Campos, foi obrigado a fugir. As tropas federais conseguiram vencer os revolucionários, obrigando-os a se retirarem em direção a Mato Grosso. Nas barrancas do rio Paraná, os revolucionários paulistas encontraram-se com oficiais rebeldes do Rio Grande do Sul, formando a Coluna Prestes. Sob o comando de Luís Carlos Prestes, a tropa revolucionária que pretendia derrubar as oligarquias- percorreu mais de 20.000 quilômetros pelo interior do Brasil. Sempre perseguida pelas tropas do governo, a Coluna Prestes acabou se refugiando na Bolívia, em 1927, e se dispersou. WASHINGTON LUÍS O novo presidente tentou dar impulso à economia, construindo estradas que permitiriam o escoamento das riquezas da nação. A Revolução de 1930, depôs Washington Luís e marcou o final da Primeira República. Teve início então a era de Getúlio Vargas, que duraria até 1945. Com apoio direto aos governos, mas com posturas sócio políticas contrárias aos governantes, de amigo fiel passou a ser visto como defensor oposicionista, com ameaças de integridade de sua família, desertou da Marinha, abandonou a família, apagou a história familiar religiosa para não oferecer risco aos seus amados, instruiu a todos para não se intitularem judeus, e foi a São João del Rey procurar seu amigo Francisco Gonçalves, este já havia transferido seus trabalhos para cidade litorânea portuaria do estado do Paraná, cito cidade de Paranaguá, lá se reencontraram e em conjunto o grande apoiador espiritual e conselheiro fiel Sr. Abib Isfer, Manoel Francisco Gonçalves de Araujo, possuindo grande família dedicou-se a localização de um galeão espanhol e da rota do ouro da ponta negra, e este projeto custou a vida de sua esposa, D. Antônia domingues do Nascimento, e seus 6 filhos e ao final Manoel morreu de forma estranha e seus bens desapareceram, apenas uma filha restou, Arnalda do Nascimento Araujo, filha da burguesia que não viu o resultado do trabalho de seus pais, pois omesmo foi roubado de forma vil e torpe, e somente lhe sobrou um primo chamado Anibal, Nabor da Gama casou-se com a jovem, teve com ela 13 filhos ele um homem de idade avançada em relação a ela uma jovem de 18 anos apenas, continuou uma empreitada árdua de pesquisas e missões de reconhecimento e retirada de material histórico, exploradores mercenários apagaram seus sonhos e sua vida, fugiu para Curitiba já muito debilitado cego, com variados problemas físicos causado por agressões, com sua jovem esposa dispuseram de uma carroça e dois cavalos velhos distribuindos verduras frescas aos curitibanos, passaram a comprar as produções dos pequenos proprietários rurais desenvolvendo o comércio localmas o problemas de saúde aumentaram e eles perderam 7 filhos de malaria, febre amarela e miningite, seguiram vivos 6 que foram colocados 2 foram em escolas católicas em internato, 2 colocados em internato com o amigo Abib Isfer, que administrava a Federação Espírita do Paraná, criou como filhas as meninas do amigo Nabor, uma continuou com a mãe trabalhando e o último foi com a madrinha em Balsa nova, ele possuia um filho mais velho que todos Chamado Nestor da Gama, filho de Lídia da Gama, Vica; este primogénito não provou de seus direitos, nem mesmo de seu título da descendência de Dom Vasco da Gama. Morreu anônimo no cemitério israelita do Santa Candida em Curitiba, em 27 de Dez de 1957 (com a idade de 76anos) muito doente e sem recursos, um homem que nasceu para brilhar e contribuir com a sociedade, estudou, uniu-se a marinha de guerra e mercante, contribuiu com navios confeccionando peças como engenheiro mecânico, falava com fluência 15 idiomas, 8 orientais e 7 ocidentais e dialetos árabe e hebreu, foi como nasceu e morreu este amigo do Brasil, que acreditava na força dessa nação, amava as suas convicções políticas e lutava com as minorias, apoiava a monarquia e condenava a usurpação dos direitos da Família Real brasileira.
Vicente Sotto Maior, Salvador/BA 23/12/2012 - 07:56
Títulos são herdados mas muitos não se utilizam de suas honrarias ; como Dom Márcio Luís da Gama Cavalheiro, que decende de Vasco da Gama, Vasco Luís da Gama, possuidores do paço dos Gamas e dos direitos concedidos pela nobreza, este sucessor dos Gamas tem em suas raizes; Luis da Gama, Nabor da Gama Filho, Manoel da Gama D'Almada, Manuel da Gama, Nabor da Gama Jr. D.Marcio Luis da Gama Cavalheiro é o Senhorio de terras no estado do Pará e possui projetos como seu antecessor Manuel da Gama Lobo D'Almada e espírito e ideais desbravadores na Amazônia, possui outros antecessores que contribuiram nos movimentos abolicionistas e de direitos humanos, o renomado Médico militar Paraense Manoel da Gama Lobo, o primeiro oftalmologista do Brasil; Manuel Jacinto Nogueira da Gama,[1] primeiro visconde com grandeza e marquês de Baependi[2] (São João del-Rei, 8 de setembro de 1765 – Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 1847), foi um militar, político e professor brasileiro, doutorado em matemática e filosofia pela Universidade de Coimbra; Luís Gama: ex-escravo, autodidata, advogado, poeta, maçom, republicano e abolicionista radical; E tantos outros "GAMA" que fizeram a história imperial em Brasil e Portugal, com títulos da coroa portuguesa, deixaram a comodidade para desbravar o mundo como outro Gama da mesma linhagem "Vasco da Gama" Terceiro filho de dom Estêvão da Gama e Isabel Sodré, que pertenciam à nobreza de Portugal, Vasco da Gama foi inicialmente destinado à vida eclesiástica, mas preferiu trocá-la pela carreira militar e pela navegação. Na verdade, pouco se sabe sobre a vida de Vasco da Gama antes de ser nomeado capitão-mor da frota que descobriria o caminho marítimo para as Índias. Aliás, a nomeação cabia a seu irmão mais velho, Paulo, que cedeu-lhe o lugar, contentando-se em comandar uma das embarcações da esquadra. Vasco da Gama deixou Lisboa em 8 de julho de 1497, dobrou o Cabo da Boa Esperança em 18 de novembro, mas só atingiu a Índia em maio do ano seguinte, quando aportou em Calicute, enfrentando hostilidade do governante local. A viagem de volta teve início em 5 de outubro. Dos 155 homens que partiram, só 55 chegaram a Lisboa. Entre os mortos, estava Paulo da Gama, o irmão de Vasco. Recebido em triunfo pelo rei, Vasco da Gama recebeu o título de dom, de "Almirante dos Mares da Arábia, Pérsia, Índia e de todo o Oriente" e uma pensão de 300 mil réis anuais para ele e seus descendentes. Em 1502, obteve o comando de sua segunda viagem à Índia. Dessa vez, tinha o dever de estabelecer feitorias e entrepostos comerciais na África e na Índia e revidar os maus tratos sofridos pela esquadra de Cabral, que lá chegara em fins de maio de 1500, e perdera 40 marinheiros em combate com o rei de Calicute. D.Marcio Luís da Gama Cavalheiro, vem com a mesma filosofia de sua linhagem, de fidalgo e cidadão brasileiro vai coroar a Amazônia com a sua presença.
Rodolpho Matheus Gonzales, Belm Par Brasil 19/12/2012 - 22:01
Esse homem livre que teve como pai Nabor da Gama Filho, galgou em luta da liberdade de outros, essa família Gama possuem homens brilhantes, eles são descendentes de Vasco da Gama.
Rodolpho Matheus Gonzales, Belm Par 19/12/2012 - 21:52

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  Ronald Augusto

Ronald Augusto nasceu em 1961 no estado do Rio Grande do Sul. O escritor atua em inúmeras áreas: é músico, letrista, ensaísta e possui ainda um trabalho significativo no âmbito da literatura. Como poeta alcançou expressividade no cenário nacional e até mesmo mundial, de tal forma que suas produções foram publicados em revistas literárias, bem como em antologias, dentre elas destacamos: A razão da Chama, organizada por Oswaldo de Camargo (1986), a revista americana Callaloo: African Brasilian Literature: a special issue EUA (1995), a revista alemã Dichtungsring Zeitschrift für Literatur, e outras.

dacostara@hotmail.com
www.poesiacoisanenhuma.blogspot.com
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