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Glauce Cerveira
Glauce Cerveira
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Artista plástica, gaúcha, mora na Inglaterra. Formada em 1989 pela Central Saint Martins School of Art, Londres (Fine Art, BA Hons). No Brasil, estudou Arquitetura na UFRGS, Porto Alegre. Deu os seus primeiros passos em direção a arte em Porto Alegre, quando foi convidada a participar da feira natalina da faculdade de Artes Visuais da UFRGS. Durante esse período, Glauce criou cartões de natal monocromáticos, pintados em betume, que vieram a influenciar mais de uma geração. Essa pequena invenção transladou a feira para Rua da Praia e financiou sua mudança para Londres. Os cartões assinados que sobrevivem são agora peças de colecionador. Glauce é workholic, vive, sonha e come o seu trabalho. Adora a solitude e a indulgência de se dar tempo para refletir. Embora tenha mostrado sua obra em vários paises da Europa, exposições tendem a ser relegadas a segundo plano. É perfeccionista e acredita que o trabalho é pré-requisito. “Na obra de Glauce Cerveira, o utilitário se torna exótico, enquanto que o opulento ou exótico, tende a tornar-se traiçoeiramente ativado. Os elementos disfuncionais desaparecem completamente e os funcionais são sutilmente recriados de acordo com uma lógica inescrutável. Os objetos em suas pinturas são convincentemente sólidos, mas ocupam espaços onde a geometria tornou-se insignificante... Estas imagens deleitam-se em sua artificialidade” (*). Sua obra questiona o comportamento contemporâneo, bem como a própria arte. Na sua série intitulada “Anti-Fashion” (Anti-Moda), a moda atua como conceito e plataforma para o questionamento do condicionamento social. As imagens ponderam os compromissos que fazemos a fim de nos sentirmos queridos, especiais ou sermos aceitos. O conteúdo, seja ele balões, sapatos, roupas ou armaduras, é deliberadamente inquietante. Sua presença física na tela não se traduz em conforto. A justaposição de elementos e a tensão das configurações formais brincam com o próprio visível e nos convidam a pensar. Em pinturas recentes, suas imagens apropriam-se de detalhes de camisas e roupas cotidianas. O uso de tecidos estampados como fundo, serve para enfatizar a relação formal entre o plano físico da superfície e a “tri-dimensionalidade” das imagens. Ao integrar-se à forma dos elementos pintados, o plano da estamparia se torna uma contradição visual. Este artifício questiona o ato de olhar e age como um comando para o re-olhar. Glauce usa essa sobreposição de mentiras e verdades visuais com a intenção de criar um outro espaço, um lugar no qual os olhos possam pensar. (Tradução livre, inclui extratos do ensaio de M. Hulson* e texto de Gerry Smith, ambos em inglês) As imagens nesta pagina incluem: V22 Contemporary Art Collection Exhibition, London, 2006. Prudential, loan curated by Tempest-Radford, London, 2009. Mostra individual, “The Things We Do For Love” (“O que fazemos por amor”), Gallery 32, Embaixada Brasileira em Londres, 2005. Mais imagens, biografia e bibliografia no seu site (em inglês).


Cidade Londres
E-mail art@glauce.com
Site www.glauce.com



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