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Zé do Bêlo é um tradutor do imaginário sulista, e por isso cultuado pelo underground gaúcho. Ele apresentou programa na rádio Ipanema FM por cinco anos, foi garoto-propaganda da cerveja Polar, e candidato a vereador com a promessa de acabar com as baratas em Porto Alegre. O cara que carrega a vida numa mochila (e o violão a tiracolo), transita com maestria pelo samba, o blues, e as baladas líricas. A poesia de boteco nunca foi tão rockeira e ácida como nas canções de Zé do Bêlo. “A música de Zé do Bêlo, profunda e escatológica, tem a ver com a série inaugurada por Lupicínio Rodrigues e continuada por Caco Velho e Raul Seixas. Com voz quebradiça e palavras incisivas, ele retrata o submundo de Porto Alegre, os imperativos do amor, o destempero e a religião. seu gênio maldito é prova de que o Sul não é uma caatinga cultural…” Luis Antonio Giron (Gazeta Mercantil SP, Caderno de Cultura/2000). “Um Tom Waits do morro, um Forest Gump dos botecos da Avenida Osvaldo Aranha… Vital prestar atenção nas letras: são inteligentes e sarcásticas…” Marcelo Ferla (Jornal Zero Hora, Segundo Caderno/2001).

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